terça-feira, 30 de outubro de 2018

CAMÉLIAS O ENCANTO DE LOUSADA

O encanto das camélias

Desde sempre, a camélia está associada a elegância e aristocracia. O seu papel era de tal maneira relevante que era comum ser presenteada entre as famílias brasonadas. Ainda hoje podemos admirar magníficas camélias seculares em praticamente todas as casas senhoriais.
Bela entre as belas, a camélia é um prodígio da perfeição floral. Motivo pela qual a tão prestigiada marca Chanelelegeu a camélia como a flor da marca. Coco Chanel perdeu-se de amores por esta flor, desde o dia em que lhe foi oferecida pelo seu namorado. Apesar de surgirem novas tendências, a flor da camélia continua a estar presente nas suas jóias e acessórios, estação após estação.
protagonismo da camélia tem vindo a crescer e cada vez mais surge como a referência principal do jardim. As suas folhas persistentes e luzidias tornam esta planta muito apelativa. Quando o inverno enche a paisagem de branco e ocre, as outras árvores
despem-se de folhas , surge a flor da camélia, numa explosão de cor .
Se gosta da camélias, pode adquirir  informações sobre a forma correta de as tratar, num horto especializado. É aqui que também pode encontrar grande diversidade de espécies, uma vez que estes hortos se dedicam constantemente a procurar novas variedades.
Uma das espécies de camélia mais falada nos últimos anos foi a camélia Changii, que em 2010 foi importada da China pelo Horto Mestre Jardineiro, em Amarante. Foi este horto que a introduziu pela primeira vez na Península Ibérica. Além das suas exuberantes flores vermelho brilhante, esta espécie tem outra caraterística que fascina os colecionadores. Estamos a falar  da sua floração que acontece nos  meses de verão, altura em que mais nenhuma camélia está a florir. Agora já pode ter o seu jardim florido de camélias durante todo o ano!
Para quem não tem jardim, é possível plantar camélias em vaso para colocar num pátio ou varanda. As Camelia sasanqua são as mais indicadas, uma vez que são de porte mais baixo e perfumadas. As Camelia reticulata são ideais para plantar no jardim, numa zona mais afastada da casa.  São plantas de grande porte e possuem flores de tamanho generoso (cerca de 20cm).

JARDINS DE LOUSADA

Jardim do Monte do Sr. dos Aflitos

Espaço central localizado nas imediações da Capela do Senhor dos Aflitos.
É uma zona arborizada, com árvores centenárias e jardins com bancos para se descansar. Tem dois parques infantis onde as crianças podem brincar, um lago com repuxos de água e espaço para passear, tem ainda uma pequena fonte emblemática com um menino em pedra a fazer chichi para a bacia da fonte.

Localização GPS:
N 41° 16' 38.13"
W 8° 16' 59.68"
Jardim do Monte do Sr. dos Aflitos

Poda e Enxertia

As práticas da poda e da enxertia assumem particular importância no cultivo de determinadas culturas. É através destes métodos que se assegura o correto desenvolvimento da planta e o combate a pragas. Assume ainda uma função ornamental pelo que esta formação se mostra adequada para aqueles que cultivam mas também para os que tratam plantas e jardins ornamentais.

Objetivos gerais:
  • Identificar as épocas adequadas para a realização da poda e da enxertia e as diferentes técnicas utilizadas;
  • Executar diferentes técnicas de poda;
  • Executar diferentes técnicas de enxertia;
Duração: 12 horas
Destinatários: Agricultores, trabalhadores ocasionais e outros interessados a título individual e/ou de lazer.
Nº de Formandos por ação: 16 formandos
Síntese do Curso:
I – Conceitos Básicos de Poda:
  • Épocas adequadas para a realização da poda;
  • Tipos de poda;
  • Material de poda;
  • Técnicas de corte, protecção das feridas e sua cicatrização;
II - Conceitos Básicos de Enxertia:
  • Épocas adequadas para a realização da enxertia;
  • Tipos de enxertia;
  • Seleção do tipo de enxertia;
  • Material de enxertia;
III – Execução dos diferentes tipos de poda e de enxertia.

terça-feira, 23 de outubro de 2018

Manutenção de jardins

Conjunto de operações que são fundamentais ao crescimento e desenvolvimento das plantas. Podas, adubações, tratamentos fitossanitários, controlo de infestantes.

Relvados mantidos a 100%: fertilização, controlo de infestantes, arejamento e escarificação.

A gestão da água, calendarização dos trabalhos e componente estética.

Reunimos o melhor do tratamento das áreas verdes numa vertente sustentável. Queremos fazer crescer o jardim com bom gosto e valor pelo ambiente e natureza que nos inspira.

Introdução a podas

No campo da jardinagem, a poda constitui uma das operações fundamentais, e consiste na eliminação periódica de uma das partes dos ramos das plantas ornamentais ou frutíferas. O corte deve ser realizado em diferentes momentos, segundo as características e a utilização das diferentes plantas, para modificar ou regular o aspecto e a floração.
As podas podem ser da seguinte maneira:
  • Espécies florais: se realizam fundamentalmente para preparar a planta para a floração seguinte, melhorando a qualidade e a quantidade, ao mesmo tempo em que mantém a planta com uma forma adequada.
  • Espécies arbustivas e de folhagem decorativa: geralmente estas espécies são utilizadas como cercas vivas. Neste caso a pode deve ser para manter a forma utilizada e desejada desde o princípio, evitando assim perder a estética. O momento mais adequado para realizar a poda não pode ser uma regra geral e única, depende das exigências de cada espécie, mas de maneira geral podemos mencionar que a época de podas corresponde aos meses de outono e começo de inverno, período em que não há atividade de produção vegetativa nas plantas.
  • Espécies frutíferas: A finalidade da poda nas espécies frutíferas é reduzir ao máximo a fase improdutiva das plantas jovens, provocar frutificações regulares, melhorar a qualidade dos frutos e modificar a forma da planta.

Razões para podar:

As principias razões que geralmente se deve ter em conta para realizar a poda são as seguintes:
  • Formação da planta
  • Melhorar a entrada de luz
  • Forçar novas brotações
  • Diminuir o ataque de pragas e doenças
  • Eliminar ramos e flores secas
  • Rejuvenescer a planta
  • Reduzir o tamanho da planta

OS MISTERIOSOS “JARDINS DAS TERRAS DE BASTO”

As longas raízes das cameleira (ou japoneira) estão cravadas nas mui antigas Terras de Basto, na antiga Casa da Cruz, em Gagos, Celorico de Basto. Que engraçado o seu tronco! O seu possante tronco…Dividido em dois, como se de duas camélias irmãs se tratasse, cujos velhos ramos se entrelaçam e fundem, apoiados nas pedras do velho muro. Dela brotam flores irmãs, umas brancas, outras rosa… Seria esta curiosa dualidade o prenúncio, há cerca de 150 anos, para o nascimento de uns jardins de encantar, fruto do sonho também de duas irmãs? Não as da camélia, claro! Mas duas senhoras da família Pinto Basto, sobrinhas do fundador da famosa Fábrica da Vista Alegre.

Origem das topiárias de Basto

Recuemos até meados do século XIX. Nesta altura, as manas, com os peculiares nomes Emília Ermelinda e Justina Praxedes, viviam em Inglaterra com o seu tio, representante da Companhia dos Vinhos do Alto Douro. Por terras de Sua Majestade viram uns jardins dignos de contos de fadas, povoados de estranhas “criaturas” verdes, umas geométricas, outras bizarras. Na verdade eram topiárias, monumentais topiárias feitas pelos habilidosos jardineiros ingleses. Estes jardins antigos, muitos ainda do final do século XVII e inícios do XVIII eram fruto da inspiração no jardim barroco francês e nos desenhos de André Le Nôtre, autor dos faustosos jardins do Palácio de Versalhes.
Mas os ingleses quiseram ser diferentes dos eternos rivais franceses e resolveram inovar! As “suas criaturas” tornaram-se mais arredondadas e estilizadas e não excessivamente geométricas como as do Rei Sol francês. As irmãs Pinto Basto terão ficado deslumbradas com tão rara beleza e, quando voltaram para Portugal, para se casarem, resolveram dar vida  a estas “criaturas” por Terras de Basto.
Emília Ermelinda casou-se com José Pinto Dá Mesquita de Queiroz e Lemos, senhor da Casa da Igreja e da Quinta do Prado, ambas em Celorico de Basto, e sua irmã Justina Praxedes casou-se com Teodoro António de Carvalho e Almeida Leite Pereira, senhor da Casa de Piellas, em Painzela, Cabeceiras de Basto.
E do sonho passaram à realidade! Chamaram os seus hortelões e instruíram-nos para criarem aquelas fabulosas “criaturas”…Tal e qual as inglesas, mas…Pelas verdejantes terras minhotas de transição serrana jamais haviam visto tal coisa! Podar a vinha, o buxo, era fácil, mas serem autênticos Nicolaus Nasonis da topiária já era pedir de mais!
Então fez-se luz…D. Justina Praxedes lembrou-se de mandar o seu jardineiro Manuel Joaquim Alves Soares, que havia recolhido em sua casa desde os 3 anos de idade, estudar desenho para o Porto. Anos depois, nasceu um artista que deu vida às primeiras “criaturas” que povoaram os jardins das casas das manas Pinto Basto.
Teixos, cedros e, claro, camélias, as magníficas camélias, também chamadas japoneiras ou rosas-da-china e rainhas das Terras de Basto, foram a matéria-prima para as loucas “criaturas”.
E assim nasceram os “Jardins de Basto”. Por um lado, formais e clássicos, marcados por canteiros de buxo mais ou menos geométricos e, por outro, cheios de recantos e caminhos sinuosos, à maneira inglesa. Com uma inovação…Monumentais topiárias! Aqui a arquitetura é verde, desenvolvida em patamares onde as arcadas formam rotundas e os caramanchões servem de casas de fresco, onde serpenteiam esculturas de animais fantásticos, estilizados, criando um verdadeiro bestiário. Só de uma mente prodigiosa poderiam sair estes jardins privados!
Aqui é o tudo, à boa maneira barroca, o horror ao vazio. As “criaturas” preenchem quase todo o espaço, dominam o jardim…Belas “criaturas” formadas pelas orientais camélias que, desde o outono, com as perfumadas sasanqua, até à primavera, onde as japónicas pintam de branco, rosa e vermelho estes jardins misteriosos, ocultos, no meio do nada, por detrás de altos muros graníticos, deixando os monumentais portões de ferro das solarengas propriedades revelar um pouco daquelas maravilhas.

A moda das “criaturas” nos jardins

Mas a história destes jardins não se ficou pelo primeiro jardineiro das manas Pinto Basto… A ele sucedeu uma hábil dinastia de jardineiros; o principal herdeiro da arte foi o seu filho Joaquim Alves Soares.
A ele se deve a maioria dos jardins privados dos vetustos solares nortenhos desta região. A moda espalhou-se. Toda a aristocracia e até o aspirante “brasileiro” queriam as “criaturas” nos seus velhos e novos jardins.
E, assim, o jardineiro escultor criou, criou e criou. Passava os seus dias de solar em solar a moldar e a dar vida às misteriosas “criaturas”. A sua tesoura era o cinzel e as camélias, a delicada pedra que formava aqueles gigantes, colocados em exíguos patamares.
Mas moda foi além-fronteiras e ensaiou-se nas outras Casas das famílias originárias de Basto. Alguns exemplos são os da Casa de Goladas, em Braga, da família de D. Justina Praxedes ou da Casa de Vicente, em Frades, na Póvoa de Lanhoso, de José de Barros Teixeira da Mota, que desenhou o jardim à semelhança também do seu da Casa da Cruz, de Gagos.
Quase tão famoso como estes jardins ficou o jardineiro. Este artista de mãos calejadas pela tesoura, maravilhava as crianças dos donos dos solares e até as dos criados com os seus contos, miscelâneas de Hans Christian Andersen com outras histórias infantis salpicadas aqui e ali por pitadas da imaginação deste contador de estórias.
E ficaram na memória… Ainda hoje são recordados com imensa ternura por várias pessoas, como é o caso de D. Maria Teresa Corte Real Teixeira da Mota, senhora da Casa da Cruz, em Gagos.

Casa da Gandarela

Quando se pensava que já tudo tinha sido inventado, eis que surge, no início do século XX, um novo jardim, o da Casa da Gandarela, em São Clemente, Celorico de Basto. O seu antigo proprietário Paulo da Cunha Mourão Carvalho Sotto Mayor desenhou e a magia fez-se pelas mãos de Joaquim Alves Soares. Assim, passaram a conviver “monstros” e “bestas” de feições dúbias, em redor de um lago antigo como se fossem animais em volta  de um oásis, desejando a fonte da vida, a água.
O tempo moldou estes velhos jardins, que se vão perdendo aos poucos, pois a dinastia dos hábeis jardineiros extinguiu-se! Artistas precisam-se para dar vida  às “criaturas” que continuam a sobreviver agarradas às suas velhas raízes, como as da mui antiga camélia Naban-jin.
São jardins de memórias de uma riqueza extrema que perduram no tempo e na vida privada da velha aristocracia. Memórias materializadas numa desaparecida “casa de fresco”, feita de um velho cedro guardado por possantes aves-doparaíso. Memórias de tertúlias familiares numa que ecoam por todos estes misteriosos jardins onde do nada surge o tudo.

Agricultura Biológica

  
A agricultura biológica é um sistema agrícola que procura fornecer ao cidadão, alimentos frescos, saborosos e autênticos e ao mesmo tempo respeitar os ciclos de vida naturais.
A agricultura biológica baseia-se numa série de princípios e praticas comuns tais como; a rotação das culturas, a não utilização de fertilizantes químicos sintéticos, ao aproveitamento de recursos naturais e á preservação de todo o meio envolvente.
No entanto, e de uma forma mais resumida, podemos dizer que a agricultura biológica é uma agricultura que não usa adubos químicos nem pesticidas de síntese, utilizando ao máximo os processos biológicos, recorrendo à atividade dos seres vivos (bactérias, fungos, insetos, homem, etc.).

Vantagens
A agricultura biológica tem como função promover e desenvolver os ciclos biológicos, dentro de um sistema de produção, Manter ou aumentar a fertilidade do solo a longo prazo, Contribuir para a conservação e promoção do correto uso da água e solo, Melhorar o ecossistema local e aumentar a biodiversidade. (retirado do site da horta da Formiga)

Rota das Camélias

  Belas e enigmáticas, as camélias chegaram do Oriente pela mão dos navegadores portugueses e desde os princípios do Séc. XIX alegram os ...